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boa leitura

Compliance Trabalhista para Combater a Demissão Silenciosa

A atuação do compliance trabalhista para um crescimento completo, tanto da sua empresa quanto de seus empregados:

Você já ouviu sobre “demissões silenciosas”???

As “demissões silenciosas“, também conhecidas como quiet quitting estão se tornando uma tendência preocupante no mercado de trabalho. Empregados insatisfeitos estão optando por fazer o mínimo necessário, sem se envolverem ou se esforçarem além do básico.

Possíveis Causas das Demissões Silenciosas:

•          Baixos salários
•          Falta de oportunidades de crescimento
•          Ambiente de trabalho tóxico
•          Desequilíbrio entre vida pessoal e profissional

Consequências diretas das Demissões Silenciosas:

•          Baixa produtividade
•          Aumento do absenteísmo
•          Perda de talentos
•          Danos à reputação da empresa

Meus empregados parecem não gostar muito mais de trabalhar”, “todo mês tem funcionário pedindo demissão”. Se você já passou por alguma destas situações, está na hora de parar e refletir sobre o futuro da sua empresa. 

Duas grandes circunstâncias movimentam e mudaram o mundo desta nova geração: velocidade e pertencimento. O mundo hoje como um todo é totalmente conectado – trabalho, relações pessoais, amizades, saúde e lazer.  

Com esta mesma velocidade, as pessoas buscam pertencimento em seus grupos através de valores em comum, inclusive no seu local de trabalho. É fato que bons funcionários precisam sentir-se felizes, importantes e pertencentes aquele local de forma com que sua satisfação de pertencer àquela empresa irá atingir sua produtividade.

É neste contexto que se insere o movimento da demissão silenciosa, a partir do desprendimento do funcionário da vontade de “vestir a camisa da empresa”, de entender a cultura da sua empresa como um todo, seja porque não se sente valorizado, porque não há retorno financeiro suficiente ou pela ausência de pertencimento com os valores da instituição. 

Teoricamente, o conceito de demissão silenciosa ou quiet quieting surgiu nos Estados Unidos após uma avalanche de pedidos de demissão e passa por variáveis interessantes quando traduzido para o Brasil.

Há ainda que acredita que tais funcionários são aqueles que não se esforçam para entregar além do pedido, que não ultrapassam minutos de sua jornada contratual, há também quem defenda e acredita (como nós) que o empregado em sua grande maioria das vezes vá em busca de valorização e equilíbrio entre trabalho, saúde mental e felicidade.

Por isso, o líder de toda empresa e que vivencia este movimento e o reduz à simples possibilidade de contratação de novos funcionários corre o risco da ruína. Da mesma forma que o desligamento ocorre de maneira rápida, a má reputação da empresa pode tomar grandes proporções refletindo diretamente nos seus clientes. 

Pode parecer até exagero, mas basta lembrarmos de grandes marcas da indústria têxtil/moda que foram boicotadas pelas denuncias tanto no judiciário quanto em redes sociais de trabalho escravo.

Diante disto, já é possível observar um movimento nas empresas na intenção de reter talentos, sobretudo passando a ter uma visão diferenciada na cultura organizacional de sua empresa e diminuir a rotatividade.  Pelo lado dos empregados, temos observado poderes maiores de negociação para alinharem condições de trabalho e suas vidas pessoais.

Com este novo cenário, se faz importante um alinhamento de valores, cultura da empresa a fim de alinhar a expectativa do seu negócio com o sentimento de pertencimento e importância do seu funcionário. Um canal de comunicação aberto e horizontal, a conformidade com a legislação vigente na busca pela redução de trabalhadores sobrecarregados e o compartilhamento de ganhos financeiros através de metas atingíveis e atrativas são caminhos que podem trazer soluções efetivas para redução desta tendência, o que nos leva diretamente aos pilares do Compliance a serem aplicados nas empresas de todas as formas e tamanhos. 

O compliance trabalhista vai além de uma simples advogada que irá analisar a sua empresa em relação a legislação, a atuação maior dentro do seu negócio e poder analisar a empresa como um todo, os funcionários, necessidades de ambos e poder implementar um canal de comunicação entre ambos a fim de garantir efetivamente a satisfação do empregado alinhado ao crescimento do seu negócio.

Portanto, de nada adianta um documento que indica que a empresa preza pelo respeito às diferentes culturas se o Chefe/Gerente da empresa é visto nas redes sociais realizando atitudes racistas, ou ainda, de nada vale indicar que a empresa zela pelo equilíbrio e saúde mental se não há meios de controle de jornada extra.

Resumindo a essência do compliance trabalhista, é possível concluir que adequando a cultura da empresa é possível gerar ao funcionário o sentimento respeito mútuo, dando voz na instituição e, principalmente, perceber que o seu trabalho é importante para a empresa como um todo, de forma com que ele deve e merece ser recompensado seja com feedbacks e claro financeiramente.

A rotatividade é prejudicial para ambos – para a empresa gerando gastos para busca de novos talentos, gestão, treinamentos e para o empregado que muitas vezes demora a se relocar em outro local e acaba ficando cada vez mais desestimulado.

Diante disso, o fato é que o papel Compliance trabalhista, muito além de buscar reduzir a rotatividade, é, sobretudo, dar sustentabilidade à empresa, garantindo o efetivo equilíbrio para ambas as partes, seja através da gestão das normas, implementação de canais de comunicação e transparência e atratividade de funcionários com mesmos valores e ideais para o crescimento em conjunto.

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